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GUERRA MUNDIAL Z / Crítica – Chega de zumbis estáticos

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Com zumbis velozes, trama política e produção de cerca de 3 anos Guerra Mundial Z é entretenimento da melhor qualidade em suas quase duas horas de duração

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Guerra Mundial Z acompanha Gerry Lane (Brad Pitt), funcionário da ONU que percorre o mundo numa corrida contra o tempo para deter a pandemia zumbi que está derrotando exércitos e governos, e ameaçando dizimar a própria humanidade.

De início o filme já conquista o espectador mais ansioso por mostrar que o vírus é proveniente, sabe-se lá como, de animais e que não se precisará ir mais longe para compreender o tipo de zumbis que serão mostrados no filme. Diferente da maioria das produções com a temática de catástrofe ou, de sobrevivência a certa ameaça biológica, Guerra Mundial Z tem apenas cerca de cinco minutos iniciais sem thriller, onde nos é apresentado a família protagonista; depois disso o filme segue um ritmo frenético, e incansável, até os minutos finais.

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A competente direção do filme usa bastante os planos abertos para mostrar a agilidade e a quantidade de zumbis que caracterizam os grandes ataques. Todo filme que tematiza zumbis deve ter um diferencial em relação a qualquer outro feito anteriormente, seja no roteiro, seja nos próprios zumbis, e as criaturas de Guerra Mundial Z são, no mínimo, fantásticas. Primeiro porque já se inicia dizendo que há algo de animalesco neles, o que justifica qualquer ação que eles fazem para poder se alimentar – lembrem das criaturas de Extermínio (2002); segundo que nunca se viu no cinema grupos de zumbis como os desse filme. Da transformação de morto em zumbi, aos efeitos usados em alguns desses seres, todas as escolhas foram muito bem filmadas.

A essa altura de sua carreia Brad Pitt não se envolveria (seja como ator ou como produtor) em projeto como esses se não houvesse um contexto político e/ou social envolvido, e no fundo de toda a correria, é isso que a produção, assim como o romance de Max Brooks, quer passar ao espectador. Não que seja algo novo no cinema, mas agregar esse tipo de reflexão a filmes onde a ação é o essencial dá um embasamento maior ao roteiro, ou pelo menos os tornam menos rasos.

A icônica torre zumbi de GUERRA MUNDIAL Z

A icônica torre zumbi de GUERRA MUNDIAL Z

Falando no roteiro, o filme durante seu período de filmagens teve alguns problemas com o primeiro roteiro (do terceiro ato em diante) de Matthew Michael Carnahan, onde produtores, diretor e o próprio roteirista não achavam que o final estava a altura do restante do filme, ou até mesmo do livro originário. Chama-se então Damon Lindelof para reescrever o terço final do filme, porém como o roteirista já estava envolvido com Prometheus (2012) e com Além da Escuridão – Star Trek (2013), não teve como escrever o desfecho do filme, eis então que entra Drew Goddard, parceiro de Lindelof e J.J. Abrams em Lost, para finalizar o filme. Com essa mescla de escritores fica notável a diferença de ritmo entre as duas metades do filme. E o que seria um motivo de falha, de certo modo ajuda balancear a ação, o suspense e a trama política.

Com fortes influências de outros filmes somadas a uma surpreendente originalidade, Guerra Mundial Z agrada pela sua técnica, pelo seu roteiro e pelo seu elenco, pouco conhecido, mas bastante convincente. É um blockbuster de tratamento cuidadoso e dedicado.

Ficha técnica

Guerra Mundial Z (World War Z, EUA), 2013, de Marc Forster, Ação – Thriller, 14 anos, 116 min.

 

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